22 de setembro de 2008

A crise - e quem a paga...

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"Embora os encargos com a habitação representem já uma parcela importante das despesas das famílias portuguesas, o Instituto Nacional de Estatística recusa-se a incorporar esta despesa no índice de preços que publica mensalmente. E a justificação que utiliza é que estas despesas destinam-se à "aquisição de um activo". A recusa do INE em publicar um índice que incorpore os encargos das famílias com a aquisição da habitação só pode ser interpretada como tendo razões politicas, ou seja, visa ocultar o verdadeiro aumento de preços para as famílias portuguesas, já que publica vários outros índices (IPC, IPCH, Indicador da inflação subjacente, etc.). Se este índice fosse publicado naturalmente a taxa de inflação seria muito superior à oficial, o que tornaria mais difícil à propaganda do governo e do patronato de ocultar a degradação real das condições de vida em Portugal, nomeadamente dos trabalhadores. O INE presta assim um bom serviço ao governo e aos patrões, mas um mau serviço ao País pois ao contribuir para ocultar a descida real do poder de compra dos salários e das pensões de reforma em Portugal ajuda a que esta continue. O aumento dos juros está a contribuir fortemente para a degradação das condições de vida em Portugal, nomeadamente dos trabalhadores. É urgente que sejam tomadas medidas para impedir que a situação atinja níveis insustentáveis. E não é suficiente a baixa do chamado "spread", pois os "spread" mais elevados aplicam-se sobretudo aos empréstimos mais recentes. Uma medida mais adequada seria uma bonificação nos juros, como já existiu no passado, financiada em parte pelo Orçamento do Estado, e se possível em parte também pela banca, reduzindo os elevados "spread" e também os juros que cobra, destinada nomeadamente às famílias em que a taxa de esforço seja elevada (por ex., acima dos 25%) e com rendimentos baixos (por ex. abaixo dos 1.600 euros por mês), e sem ligações a famílias ricas. Se isso não suceder, com a continuação do aumento da taxa de juros, milhares de famílias entrarão em ruptura e em falência, e o crédito mal parado disparará, como já começa a acontecer".
... Eugénio Rosa, Set /2008 - in Resistir.info
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Em 2008, só de juros, 1,8 milhão de famílias endividadas com a habitação terão de pagar à banca mais de €5,7 mil milhões ,
Eugénio Rosa, 21/Set/2008 >thttp://www.resistir.info/e_rosa/familias_endividadas.html

E MAIS NINGUÉM SE INDIGNA ?

3 de setembro de 2008

NATO no Afeganistão

E isto não são crimes de guerra - ou contra a humanidade - e esta grente não é julgada em Haia?
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